domingo, 26 de julho de 2009

Visão do leitor (Senhora)


Oi, pessoal colocarei aqui a minha visão e a das meninas que me ajudam no blog sobre a obra de José de Alencar se quiserem também emitirem a sua opinião deixem um comentário
bjuss Jéssica

A Narrativa de Jose de Alencar Senhora traz para o leitor muitas surpresas e uma ânsia intensa de ler até a ultima linha.

A historia de Aurélia e Fernando parece aos olhos inicialmente um pouco superficial e assustadora uma mulher comprando um marido por vingança mais é esse fato que faz do texto de Jose Alencar tão interessante e hipnotizante a cada nova briga vai-se descobrindo que Aurélia ainda nutre um amor por Fernando e este idem a ela, alem de ver o desprezo do homem ao luxo proporcionado pela fortuna de Aurélia a narrativa se torna mais e mais interessante a cada linha a cada nova pagina todos os pequenos detalhes que Jose de Alencar faz questão de ressaltar tornando o livro ainda mais interessante eu como leitora acredito que essa foi uma das grandes obras de Jose de Alencar e fica ainda mais sublime com a inebriante frase final

“As cortinas cerram-se, e as auras da noite, acariciando o seio das flores, cantavam o hino misterioso do santo amor conjugal.

Somente um gênio para construir uma obra do tipo.





Resumos José de Alencar

Romances Regionais

O Sertanejo- Ambientado no Nordeste brasileiro, traça todo um complexo de características geográficas e culturais, registrando o típico de nossa sociedade rural, desde o comportamento individual e as relações domésticas, até o registro do folclore. Personagem central: Arnaldo Louredo.

O Gaúcho- A vida do homem dos pampas não é espelhada com fidelidade. Personagem central: Manoel Canho.

Til- Ambientado no planalto paulista, relata a história
do amor impossível entre Miguel e Berta.

O Tronco do Ipê- A história tem como cenário da Fazenda Nossa Senhora do Boqueirão, na zona da mata fluminense. Um velho tronco de ipê, outrora frondoso, representa a decadência da fazenda. Bem próximo, numa cabana, mora o negro Benedito, espécie de feiticeiro que guarda o segredo da família. Mário, a personagem central, que vive desde criança na fazenda, juntamente com a prima Alice, descobre que o pai da moça Joaquim, é o assassino de seu pai. Desesperado, Mário tenta o suicídio, pois não pode se casar com a filha de um assassino. Mas o negro Benedito o impede, contando-lhe o segredo: Joaquim não matou o pai de Mário. Ele foi tragado pelas águas do Boqueirão e está enterrado junto ao tronco de ipê. Mário reconcilia-se com a vida e se casa com Alice.

Romances Históricos


As minas de Prata- Apresenta o mito do tesouro escondido, que arrasta para os sertões brasileiros a onda de aventureiros e bandeirantes, aos quais se devem o povoamento. Personagem central: Estácio Correa.

A Guerra dos Mascates- Reporta-se a um episódio da Historia do Brasil: a luta travada entre as cidades de
Olinda e Recife, nos anos de 1710 e 1711, pelos pernambucanos proprietários de engenhos que viam com desconfiança a prosperidade do Recife, onde residiam os mascates, como eram designados os comerciantes portugueses, resultado forte animosidade. Para fugir à autoridade de Olinda, então sede da capitania, os recifenses solicitaram e obtiveram do reino a jurisdição própria de sua vila. Rebelaram-se os de Olinda que, armados, se apoderaram de Recife, depondo o governador e nomeando para o cargo o bispo de Olinda. Depois de várias lutas, os ânimos são serenados, conservando Recife sua autonomia.

O Garatuja- Crônica da sociedade colonial do Rio de Janeiro. O “Garatuja” é a personagem Ivo, moleque travesso, acostumado a riscar paredes com carvão. Apadrinhado do escrivão Sebastião Ferreira Freire, Ivo obtém a mão de Marta, filha do escrivão, sucedendo-o no cartório.

Romances Urbanos

Cinco Minutos: História de um jovem que, perdendo o bonde por cinco minutos, conhece Carlota, por quem se apaixona, sem ver-lhe o rosto. Carlota é doente deve morrer, e recusa-se a recebê-lo. Depois de muita insistência, os dois se encontram. Carlota recupera a saúde. Casam-se

A Pata da Gazela- Horácio, jovem bem vestido e vaidoso, conhece Amélia e imagina que ela esteja apaixonada por ele. Ficam noivos. Leopoldo, moço pobre que frequenta a casa da moça, apaixona-se por ela também. Amélia aos poucos, percebe a frivolidade do futuro marido. Rompe o noivado casa-se com Leopoldo.

A Viuvinha- Narra a história de Carolina, cujo marido, Jorge, finge suicídio na manhã seguinte ao casamento, para lutar pelo resgate de dívidas que mancham sua honra e a memória de seu pai. Durante cinco anos Carolina se conserva fiel, resistindo ao amor de uma sobra que lhe aparece todas as noites à janela. Decorrido esse lapso de tempo, retorna Jorge, para a felicidade de Carolina. Reiniciam a vida interrompida.

Sonhos D’Ouro- Romance que situa o problema social da mulher face à família e ao casamento. Personagens: Guida e Ricardo.

Diva- Augusto, médico, narra na primeira pessoa o seu amor por Emília, moça de personalidade forte, mas que, no fim, confessa o seu amor por ele.

Lucíola- Narra a história de Lúcia, que, tendo sido expulsa de casa, é obrigada a viver da prostituição. Apaixona-se por Paulo e com ele
mantém uma amor puro. Ao saber que esta grávida, tem um choque e morre.
Encarnação- Hermano, um viúvo, é tido como doente mental, em razão do seu procedimento esquisito. Amália, uma vizinha, descobre que a causa do seu comportamento era o obstinado amor e fidelidade a esposa falecida. Amália passa então a nutrir por Hermano uma grande afeição que vai se transformar em amor, materializando-se no casamento de ambos.



Senhora
O livro senhora trata da vida carioca com enfoque no casamento por interesse e para a importância do dinheiro. Aurélia Camargo, moça pobre e órfã de pai, noiva de Fernando Seixas, rapaz bom, contudo com o desejo de uma carreira fácil e brilhante de Jornalista. Por um dote melhor e por ele ser pobre, abandona Aurélia. Esta desiludi-se dos homens.
Quando menos esperava, morre seu avô, deixando-a milionária. Impulsionado pela vingança, propõe a Fernando que se case com ela mediante dote de cem contos de réis. Ele, envolvido em dificuldades financeiras, aceita. Na noite do seu casamento, Aurélia diz-lhe que viverão lado a lado com estranhos e unidos mediante união pública. Fernando entende o sentido de vingança, consegue toda a soma que lhe foi paga e devolve a Aurélia, propondo a esta a separação. No caso dos dois, separação significou a reconciliação, ou seja, o amor nos dois nasceu com a experiência.
Um final característico do romantismo, contudo com uma pitada de realismo, com a observação dos costumes do tempo.



Romance Indianista

Ubirajara: livro cujo enredo se da antes da efetiva colonização portuguesa, na pura vivência dos selvagens libertos de quaisquer influência estrangeira.

O Guarani: Narrado em terceira pessoa, o livro se passa no Brasil do início do século 17. A história gira em torno de Dom Antonio de Mariz, fidalgo português que, com a construção de uma fortaleza, desafia o poder espanhol. O plano do antagonista, o aventureiro Loredano, queimado como traidor ao final do livro, incluía raptar Cecília, a Ceci, filha de D. Antônio, vigiada pelo forte e valente índio Peri.
Ele salva a vida da moça, ameaçada de morte pelos índios aimorés, que queriam vingar a morte acidental de uma índia de sua tribo causada por Diogo, filho de D. Antônio. No combate entre aimorés e portugueses, os primeiros, mais numerosos levam vantagem.
Peri, num ato heróico, bem ao gosto do romantismo, oferece-se ao sacrifício. Toma veneno para que, após ser derrotado na luta e devorado pelos adversários antropófagos, eles falecessem contaminados pela sua carne. Álvaro, capataz de Dom Antônio, apaixonado por Isabel, criada e irmã bastarda de Ceci, salva o índio, convencido pela donzela lusa a tomar o antídoto. Em seguida, Álvaro falece na guerra, e Isabel, inconformada, suicidá-se.


Iracema :

O romance conta, de forma quase poética, o amor de um branco, Martim Soares Moreno, pela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel e de cabelos mais negros que a asa da graúna e explica poeticamente as origens da terra natal do autor, o Ceará.


sábado, 25 de julho de 2009

Fragmentos de Senhora





Parte VI capitulo 2 Quitação

[...] Recebeu uma carta anônima. Comunicavam-lhe que Seixas a tinha abandonado por um dote de trinta conto de reis.Acabando se ler estas palavras Aurélia levou a mão ao seio,para sustentar o coração que se lhe esvaia.[...]



Parte IX Capitulo 2 Quitação

[...] Tornemos a câmera nupcial, onde se representa a primeira cena do drama original, de que apenas conhecemos o prólogo. Os dois atores ainda conservam mesma posição em que deixamos. Fernando Seixas obedecendo automaticamente Aurélia,sente-se,e fitava na moça um olhar estupefato.A moça arrastou uma cadeira e colocou-se em face do marido, cujas fazes crestava a seu hálito abrasado .

- Não careço dizer-lhe que amor foi o meu, e que adoração lhe votou minha alma desde o primeiro momento em que o encontrei. Sabe o que uma mulher sacrifique assim todo seu futuro,como eu fiz, é preciso que a existência se tornasse para ela um deserto, onde não resta senão o cadáver do homem que a assolou pra sempre.

Aurélia calcou a mão sobre o seio pra comprimir a emoção que a ia dominando.

- O senhor não retribui meu amor e nem o compreendeu. Supõe que eu lhe dava apenas a preferência entre outros namorador, que o senhor moço, honesto, estimaria para colher á sombra o fruto de suas flores poéticas. Bem vê que eu o distingo dos outros, que ofereciam brutalmente, mas com franqueza e sem rebuço, a perdição e a vergonha.

Seixas abaixou a cabeça [...]



Trecho Parte I

(...) Seixas ajoelhou aos pés da noiva; tomou-lhe as mãos que ela não retirava; e modulou o seu canto de amor, essa ode sublime do coração que só as mulheres entendem, como somente as mães percebem o balbuciar do filho.
A moça, com o talhe languidamente recostado no espaldar da cadeira, a fronte reclinada, os olhos coalhados em uma ternura maviosa, escutava as falas de seu marido; toda ela se embebia dos eflúvios de amor, de que ele a repassava com a palavra ardente, o olhar rendido e o gesto apaixonado.
- É então verdade que me ama?
- Pois duvida, Aurélia?
- E amou-me sempre, desde o primeiro dia que nos vimos?
- Não lho disse já?
- Então nunca amou a outra?
- Eu lhe juro, Aurélia. Estes lábios nunca tocaram a face de outra mulher, que não fosse minha mãe. O meu primeiro beijo de amor guardei-o para minha esposa, para ti...
Soerguendo-se para alcançar-lhe a face, não viu Seixas a súbita mutação que se havia operado na fisionomia de sua noiva.
Aurélia estava lívida e a sua beleza, radiante há pouco, se marmorizara.
- Ou para outra mais rica!... Disse ela, retraindo-se para fugir ao beijo do marido e afastando-o com a ponta dos dedos.
A voz da moça tomara o timbre cristalino, eco da rispidez e aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio e que parecia ringir-lhe nos lábios como aço.
- Aurélia! Que significa isto?
- Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com perícia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que nos estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que ela seja; e resignem-se cada um ao que é: eu, uma mulher traída; o senhor, um homem vendido. (...)








“As cortinas cerraram-se, e as auras da noite, acariciando o seio das flores, contavam o hino misterioso do santo amor conjugal.”



sexta-feira, 24 de julho de 2009

Olá leitores mais uma postagem, vídeos contando um pouco mais sobre a vida do grande José de Alencar espero que gostem
abraços
e aceitamos sugestões de novas postagens
















Otima lista de leitura

Oi, pessoal nos estamos postando o uma lista de livros muito bons pra download espero que gostem e continuem acompanhando o blog
bjuss


Memorias de um Sargento de Milícias (Manuel António de Almeida)
Amor de Perdição (Camilo Castelo Branco )
Noite na Taverna (Alvarez de Azevedo )
Iracema (José de Alencar)
O Guarani (José de Alencar)
A Moreninha (Joaquim Manuel de Macedo)
Inocência (Visconde de Taunay)
Diva (José de Alencar)
O Noviço (Martins Pena)
A Escrava Isaura (Bernado Guimarães)
Lucíola (José de Alencar)
Macario (Alvarez de Azevedo)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Invasão Literaria

Oi pessoal sejam todos bem vindos ao blog Senhora uma homenagem a obra eterna de José de Alencar e a todos os escritores do romantismo brasileiro .
Ah ideia da construção desse blog surgiu de um trabalho na aula de literatura do professor Sílvio e esperamos que com a colaboração de vocês de certo, pensamos aqui em postar trechos do livro Senhora, sujestões de leitura, download de outros livros e muito mais .
Esperamos que essa ideia literária de certo e que possamos ajudar de alguma forma muitos apaixonados por literatura pelo Brasil .
E nesse primeiro post de inauguração iremos postar o livro Senhora para Download e a biografia de Jose de Alencar
um beijo de:
Jéssica,Tuanni,Thais,Lorrana,Mariana e Cintia



Biografia Jose de Alencar:


José Martiniano de Alencar (1829-1877), político, jornalista, advogado e escritor brasileiro. Foi o maior representante da corrente literária indianista. Cearense, com parte da adolescência vivida na Bahia, José de Alencar formou-se em Direito e foi jornalista no Rio de Janeiro. Vaidoso e sentimental, iniciou sua carreira literária em 1857, com a publicação de O guarani, lançado como folhetim e que alcançou enorme sucesso, o que lhe rendeu fama súbita. Sua obra costuma ser dividida em três etapas: 1) Romances urbanos: Cinco minutos (1860), A viuvinha (1860), Lucíola (1862), Diva (1864), A pata da gazela (1870), Sonhos d’ouro (172, Senhora (1875) e Encarnação (1877). 2) Romances históricos: O Guarani (1870), Iracema (1875), As Minas de prata (1865), Alfarrábios (1873), A guerra dos mascates (1873) e Ubirajara (1874). 3) Romances regionalistas: O gaúcho (1870), O tronco do Ipê (1871), Til (1872), O sertanejo (1876). José de Alencar criou uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileiras. Suas obras são especialmente bem sucedidas quando o autor transporta a tradição indígena para a ficção. Tão grande foi a preocupação de José de Alencar em retratar sua terra e seu povo que muitas das páginas de seus romances relatam mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados pessoalmente por ele, com o intuito de, cada vez mais, “abrasileirar” seus textos. Ao lado da literatura, José de Alencar foi um político atuante — chegou a ocupar o cargo de ministro da Justiça do gabinete do visconde de Itaboraí — e foi um prestigiado deputado do Partido Conservador por quatro legislaturas. Todas as reformas pelas quais lutou propunham a manutenção do regime monárquico (ver Monarquia) e da escravatura (ver Escravidão). Famoso a ponto de ser aclamado por Machado de Assis como “o chefe da literatura nacional”, José de Alencar morreu aos 48 anos, no Rio de Janeiro, deixando seis filhos, inclusive Mário de Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai.
Fonte:E-Biografias


Quem quiser fazer o download do livro Senhora é só clickar no link abaixo que te levara a um site super legal pra fazer o download
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